terça-feira, 30 de agosto de 2011

.*.Obesidade... Classificação, causas, complicações e tratamento!!!.*.

A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que acarreta prejuízos à saúde. O seu desenvolvimento se dá por diferentes fatores, sendo algumas delas, o sedentarismo, herança genética, hábitos alimentares inadequados, alterações metabólicas e disfunções hormonais.
Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingestão alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingestão. O aumento da ingestão pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingestão calórica total aumentada.
O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais.
Indivíduos obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela.
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças, como por exemplo, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia, doenças cérebro-vasculares, diabetes mellitus tipo II, câncer, osteoartrite, distúrbios menstruais/infertilidade, coledocolitíase, apnéia do sono, entre outros. Sendo assim, faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua expectativa de vida, principalmente no caso mais grave, na obesidade mórbida.
O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.
Outro fator importante é que dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo) não são recomendadas, uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.
Por isso fiquem atentos, se começar ter um ganho de peso considerado associados aos demais fatores de riscos, procure um profissional competente para uma avaliação adequada e no caso da constatação desta a orientação de um tratamento pertinente, sem prejuízos à saúde.
Obesidade é coisa séria, não brinque com a saúde!!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

.*.Isoflavona... Propriedade funcional e aplicações clínicas!!!.*.

As isoflavonas são compostos orgânicos naturais de origem vegetal, pouco distribuídos na natureza, presentes principalmente na família Fabaceae, sendo abundantes na soja e em seus derivados. Estes compostos apresentam efeito estrogênico por apresentarem semelhança estrutural com os hormônios estrogênicos, encontrados em maior concentração nas mulheres.
Elas pertencem à família dos polifenóis e a classe dos flavonóides, os quais possuem importantes atividades biológicas tais como: atividade antioxidante, como é o caso dos isoflavonóides, que apresentam estrutura semelhante ao estrógeno humano e ao sintético, estas substâncias são comumente referidas como fitoestrógenos. Além disso apresenta atividade antifúngica e atividade anticancerígena.
O grão de soja contém basicamente três tipos de isoflavonas : agliconas, glicosídeos, acetilglicosídeos e malonilglicosídeos. E se apresentam normalmente em quatro grupos diferentes: formas: glicosiladas, acetil glicosiladas, malonil glicosiladas e não conjugada.
As formas agliconas são as formas ativas do nosso corpo, ou seja, aquelas verdadeiramente absorvidas pelo nosso organismo.
As isoflavonas quando consumidas, são hidrolisadas no intestino delgado por beta-glicosidases intestinais, as quais liberam as agliconas biologicamente ativas. Estas são absorvidas ou fermentadas pela microflora intestinal, dando origem a seus metabólitos (daidzeína, genisteína e gliciteína).
As isoflavonas absorvidas são então transportadas para o fígado, onde são removidas da circulação sanguínea, retornando ao intestino pela via biliar, podendo ser excretada pelas fezes. Porém, uma porcentagem consegue escapar e entrar na circulação periférica, alcançando os tecidos, sendo eliminadas pelos rins, de maneira similar aos estrógenos endógenos.
A biodisponibilidade das isoflavonas da soja é influenciada por um intestino saudável, com a microflora capaz de converter estas isoflavonas às suas formas ativas.
As isoflavonas da soja podem agir de três formas: primeiramente ligando-se aos receptores de estrógeno, exercendo ação estrogênica ou antiestrogênica, promovendo assim o equilíbrio hormonal tendo portanto, efeito benéfico durante toda a vida reprodutiva da mulher e durante o climatério.
Por outro lado a atuação de fitoesteróis genisteína e daidzeína, sobre os receptores ß-estrogênicos presentes no fígado, têm como consequência uma melhora do perfil lipídico, justificada por um incremento do número de receptores hepáticos de colesterol LDL, o que favorece o catabolismo de colesterol, sendo assim esta estimulação dos receptores ß-estrogênicos dá lugar a uma inibição de lipase hepática, implicada no metabolismo de colesterol HDL, ocasionando seu incremento.
Por fim a inibição da atividade de enzimas como a tiroxina proteína quinase, responsável pela indução tumoral promovida pela fosforilação dos oncogenes ente outras que controlam o crescimento e a regulação celular; e também aumentam a concentração do fator de crescimento tumoral, que atua na inibição do crescimento de células cancerosas.
Vale a pena investir no consumo e obter todas as propriedades funcionais adquirindo uma melhor qualidade vida, melhora do perfil lipídico e regulação hormonal para as mulheres.
Fica a dica.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

.*. Deficiência Vitamina D... Complicações, prevenção e tratamento!!!.*.

O calciferol, popularmente conhecido como vitamina D, pode ser encontrado em duas formas D2 e D3, sendo importantes por promove a absorção do cálcio após sua ativação pelos raios solar, crucial para o desenvolvimento adequado dos ossos e dentes tanto das crianças como dos adultos. Além disso, atualmente descobriu-se sua importância para a manutenção do sistema imune, cardiovascular, cerebral e sobre a sua ação sobre secreção de insulina pelo pâncreas.
É uma vitamina lipossolúvel ou seja solúvel em gordura, obtida através do colesterol endógeno como percursos metabólico com ativação pela luz do sol e também através do consumo alimentar de alimentos fontes dietéticas.
A deficiência deste micronutrientes desencadeia diversas doenças, como por exemplo, o raquitismo, osteoporose, osteomalácia e demais doenças crônicas tais como, tuberculose, hipertensão arterial, AVC, câncer, esclerose múltipla, depressão e esquizofrenia.
Para obter níveis adequado de vitamina D deve-se tomar de 20 a 30 minutos de sol por dia no caso de ter a pele clara, lembrando-se sempre de expor-se sem o uso de protetores solares, sempre nos horários em que o sol esta mais fraco, no inicio da manhã e no finalzinho da tarde.
Quanto mais pigmento tiver a pela maior é a exposição necessária para obtenção de quantidade adequadas de vitamina D, pois os pigmentos filtram os raios ultravioleta. Nuvem, poluição, roupa e até vidro de janela também filtram os raios. Por isso pessoas que ficam confinadas à casa, que cobrem boa parte do corpo quando saem à rua, de pele negra, aquelas que vivem em climas nublados em latitudes mais altas têm mais probabilidade de apresentarem deficiência de vitamina D. Essas pessoas devem obter a vitamina por meio de alimentos.
Um ponto importante a ser abordado é que as melhores fontes de vitamina D são fontes de gordura, principalmente de origem animal, podendo ser citados como excelentes fontes o óleo de fígado de peixes, os peixes de água salgada como atum, sardinha, arenque e salmão; o leite e seus derivados, ovo, manteiga e etc.
No entanto, tome cuidado ao tentar adequá-la por si só, pois ela é a mais tóxica de todas as vitaminas. Os sintomas da overdose incluem diarréia, náusea e cefaléia. A complicação mais grave é o aumento dos níveis de cálcio no sangue que o excesso de vitamina D pode causar. Essa condição pode levar a depósitos de cálcio nos rins, coração e outros tecidos, causando lesões irreversíveis.
Por isso se tiver predisposição à deficiência ou já está com ela instalada procure ajuda de seu médico ou nutricionista para adequar sua alimentação e dependendo do caso iniciar uma suplementação.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

.*.Atividade Física... Alimentação - Benefícios e melhora na qualidade de vida!!.*.

A prática diária ou regular de atividade física traz muitos benefícios à saúde, sendo alguns destes: o aumento do gasto energético, a melhora da coordenação motora, maior e melhor capacidade cardiorrespiratória, a diminuição do estresse diário e também do risco de desenvolver doenças como, hipertensão, obesidade e diabetes. No entanto, para uma vida saudável, é necessário aliar o exercício físico a uma dieta balanceada, contendo alimentos de todos os grupos e nas quantidades adequadas.
A alimentação desempenha papel fundamental na prática de atividade física, pois prepara o corpo para o esforço físico, fornecendo todos os nutrientes necessários de acordo com o tipo de exercício e o objetivo que se pretende alcançar como, por exemplo, perda de peso ou ganho de massa muscular.
Uma alimentação balanceada deve conter todos os macronutrientes, como descrito logo a seguir:
  • Carboidratos - A dieta de todos os indivíduos, independente de serem praticantes de atividade física ou não, deve ser composta, em sua maioria, por alimentos fonte de carboidratos (arroz, batata, macarrão, pão). Os carboidratos servem de substrato para a produção de glicogênio muscular que é a principal fonte de energia utilizada durante os exercícios físicos. Pelo fato dos estoques musculares e hepáticos serem limitados, a reposição de carboidratos deve ser feita de forma constante. Antes do exercício o ideal é que se faça uma refeição, com aproximadamente três horas antes ou um pequeno lanche, uma hora antes, contendo alimentos ricos em carboidratos. Logo após o término da atividade, o carboidrato também deve ser ingerido para repor o estoque de glicogênio hepático de forma mais rápida.
  • Proteínas - A ingestão de proteínas deve ser avaliado de acordo com o tipo de atividade física, intensidade e frequência podendo variar de 0,8g/kg a 1,8g/kg de peso. Os alimentos proteicos (carnes, ovo, leite, iogurtes, queijos) não devem ser consumidos muito próximos ao início da atividade por terem uma digestão mais demorada, podendo ocasionar desconforto gástrico. Portanto, o consumo de alimentos proteicos de ocorrer de forma fracionada e longe dos seus horários de treino para que haja melhor aproveitamento dos aminoácidos pelo tecido muscular. Existe um certo mito de que quanto maior a ingestão protéica, maior é hipertrofia muscular. Mas, o que se observa em geral é um consumo desnecessário e sem orientação profissional. Estudos relatam que a creatina sintetizada no organismo a partir de três aminoácidos (glicina, arginina e metionina) é responsável pelo aumento da massa muscular e o desempenho nos exercícios de musculação.
  • Lipídios - O consumo de lipídios não deve ultrapassar 20% do valor energético diário. A prática de atividade física com o objetivo de reduzir os depósitos de gordura corporal deve ser acompanhada de baixa ingestão de lipídios na dieta, para os resultados serem obtidos mais rapidamente. Da mesma forma que os alimentos proteicos, ricos em gordura não devem ser consumidos próximos ao início dos treinos.
  • Água e eletrólitos - A hidratação adequada é importante para o bom desempenho físico. A ingestão de água em todas as etapas do exercício é suficiente para repor a perda hídrica em atividades leve e moderada (caminhada, musculação e ginástica). Apenas no caso de atletas, em que o treinamento é intenso, indicamos o uso de bebidas isotônicas para reposição rápida da água e dos eletrólitos (sódio, potássio, cloro) perdidos, além de glicose para manter a glicemia constante.
É importante que todos os nutrientes sejam consumidos na quantidade adequada, orientados por um profissional nutricionista, e de acordo com as etapas do pré treino, durante o treino e pós treino, afinal, a prática de exercício físico isolado não proporcionará bons resultados, como dito anteriormente. No mais, manter o corpo em movimento associado a uma dieta saudável é o receita ideal para quem deseja não só a questão estética, mas também para aqueles que querem viver bem e com saúde, garantindo assim, longevidade e uma vida saudável.