segunda-feira, 22 de agosto de 2011

.*.Isoflavona... Propriedade funcional e aplicações clínicas!!!.*.

As isoflavonas são compostos orgânicos naturais de origem vegetal, pouco distribuídos na natureza, presentes principalmente na família Fabaceae, sendo abundantes na soja e em seus derivados. Estes compostos apresentam efeito estrogênico por apresentarem semelhança estrutural com os hormônios estrogênicos, encontrados em maior concentração nas mulheres.
Elas pertencem à família dos polifenóis e a classe dos flavonóides, os quais possuem importantes atividades biológicas tais como: atividade antioxidante, como é o caso dos isoflavonóides, que apresentam estrutura semelhante ao estrógeno humano e ao sintético, estas substâncias são comumente referidas como fitoestrógenos. Além disso apresenta atividade antifúngica e atividade anticancerígena.
O grão de soja contém basicamente três tipos de isoflavonas : agliconas, glicosídeos, acetilglicosídeos e malonilglicosídeos. E se apresentam normalmente em quatro grupos diferentes: formas: glicosiladas, acetil glicosiladas, malonil glicosiladas e não conjugada.
As formas agliconas são as formas ativas do nosso corpo, ou seja, aquelas verdadeiramente absorvidas pelo nosso organismo.
As isoflavonas quando consumidas, são hidrolisadas no intestino delgado por beta-glicosidases intestinais, as quais liberam as agliconas biologicamente ativas. Estas são absorvidas ou fermentadas pela microflora intestinal, dando origem a seus metabólitos (daidzeína, genisteína e gliciteína).
As isoflavonas absorvidas são então transportadas para o fígado, onde são removidas da circulação sanguínea, retornando ao intestino pela via biliar, podendo ser excretada pelas fezes. Porém, uma porcentagem consegue escapar e entrar na circulação periférica, alcançando os tecidos, sendo eliminadas pelos rins, de maneira similar aos estrógenos endógenos.
A biodisponibilidade das isoflavonas da soja é influenciada por um intestino saudável, com a microflora capaz de converter estas isoflavonas às suas formas ativas.
As isoflavonas da soja podem agir de três formas: primeiramente ligando-se aos receptores de estrógeno, exercendo ação estrogênica ou antiestrogênica, promovendo assim o equilíbrio hormonal tendo portanto, efeito benéfico durante toda a vida reprodutiva da mulher e durante o climatério.
Por outro lado a atuação de fitoesteróis genisteína e daidzeína, sobre os receptores ß-estrogênicos presentes no fígado, têm como consequência uma melhora do perfil lipídico, justificada por um incremento do número de receptores hepáticos de colesterol LDL, o que favorece o catabolismo de colesterol, sendo assim esta estimulação dos receptores ß-estrogênicos dá lugar a uma inibição de lipase hepática, implicada no metabolismo de colesterol HDL, ocasionando seu incremento.
Por fim a inibição da atividade de enzimas como a tiroxina proteína quinase, responsável pela indução tumoral promovida pela fosforilação dos oncogenes ente outras que controlam o crescimento e a regulação celular; e também aumentam a concentração do fator de crescimento tumoral, que atua na inibição do crescimento de células cancerosas.
Vale a pena investir no consumo e obter todas as propriedades funcionais adquirindo uma melhor qualidade vida, melhora do perfil lipídico e regulação hormonal para as mulheres.
Fica a dica.

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